“É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser
conhecer as borboletas” (Saint-Exupéry).
É preciso que eu suporte duas ou três larvas para, acima
de tudo, poder prosseguir leve. Com o tempo a gente se orgulha de viver assim,
mais leve. De olhar para o lado e encontrar o que precisa. De o coração saber
sentir de verdade e reconhecer o outro que bate no mesmo ritmo.
Com o tempo a gente aprende a escutar melhor o que vem de
dentro e entender porque sente. Para o que sente. E mesmo que uma vez ou outra
balance, o conforto de encontrar a certeza uma hora nunca nos abandona.
Com o tempo a gente aprende o que é de fato importante
para a vida. Aprende que o que faz a gente ser importante vale mais. Aprende
que felicidade é mais um estado de espírito. Ninguém pode ser feliz
constantemente, mas podemos nos sentir felizes sempre que quisermos. Motivos
todo mundo tem, mesmo que pequenos.
A felicidade? Ela vive lá em casa, em uma gavetinha cheia
de bobeiras e doces. De vez em quando eu tiro, coloco no pescoço e saio
caminhando por aí. Porque alegria mesmo
é tomar banho de um monte de coisa ruim e sair bronzeada. Porque, quando o coração se enche de paz, a pele se
transforma. Em ouro.
"Quem não planta jardim por dentro, não planta jardins por
fora, nem passeia por eles." [Rubem
Alves]
Lindo isso. É.
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